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COP30: Estande do programa AmazonFACE pode ser visitado na Área Azul

Com programação própria, projeto será apresentado com exposições, vídeos imersivos, palestras e mesas-redonda

Reportagem publicada no Jornal da Unicamp
Texto: Helena Tallmann
Edição de imagem: Paulo Cavalheri

Coordenado por pesquisadores da Unicamp, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e do Met Office (Instituto Meteorológico do Reino Unido), o programa AmazonFACE conta com estande e programação próprios na COP30 com exposições, vídeos imersivos, palestras e mesas-redonda. Trata-se de um projeto inédito para avaliar os efeitos de uma atmosfera com maior concentração de gás carbônico (CO₂) – que é o cenário previsto – para o ecossistema da floresta amazônica.

“A Amazônia não é apenas uma parte essencial do sistema climático global — é um laboratório vivo para compreender o futuro do nosso planeta. O AmazonFACE traz a ciência para o centro dessa missão.”, destaca o coordenador científico do projeto, o pesquisador do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri) da Unicamp, David Lapola.

As florestas tropicais, e a Amazônia em especial, atuam como “sumidouros de carbono”, ou seja, absorvem mais do que emitem carbono na atmosfera. Essa propriedade pode sofrer alterações devido às mudanças climáticas, com um clima mais seco e com a redução drástica de chuvas. Nesse sentido, o conhecimento gerado pelo projeto avaliará a resiliência da floresta e orientará políticas de mitigação e adaptação climáticas para a região, considerando também seus habitantes.

Na COP30, o estande do AmazonFACE se localiza na Área Azul. O projeto promoverá exposições permanentes com fotos, maquete e vídeo no estande (de 10 a 15/11) e no Pavilhão do Reino Unido (10 a 21/11) e participará de discussões em diversos espaços da COP30 e em eventos paralelos: Parque da Residência (12/11), Pavilhão das Universidades (13 e 17/11), Pavilhão do Reino Unido (13/11), Evento paralelo (15/11), Pavilhão da Ciência Planetária (15/11), Universidade Federal Rural da Amazônia (17/11) e Casa da Ciência (19/11).

O experimento, localizado em uma estação de pesquisa do INPA a 80km de Manaus, abrange seis anéis com 16 torres cada. Nesse círculo formado pelas torres – que têm 35 metros de altura (ultrapassando a copa das árvores) e 30 metros diâmetro –, há uma grande biodiversidade. Em três desses anéis, ocorrerá a injeção de ar enriquecido com cerca de 50% a mais de gás carbônico do que temos na atmosfera atual. Os outros três servirão como controle para comparação.

Saiba mais sobre o AmazonFACE:

Confira o programa Direto na Fonte com o pesquisador David Lapola