Doutorandos e graduanda vinculados ao CPTEn recebem a premiação científica para soluções sobre a produção de hidrogênio verde, oferecida pelo IdEA e a PSR, com o apoio da CPFL Energia
Lançado em junho de 2023, o Prêmio H2Ótimo reconheceu o trabalho de estudantes de graduação, mestrado e doutorado e de profissionais da área que poderiam participar individualmente ou em grupo. Nas quatro categorias, os vencedores foram recompensados com certificado e R$ 2,5 mil em dinheiro, além de uma estadia técnica na PSR. A cerimônia online de encerramento aconteceu na última sexta-feira (15), com a presença do engenheiro Mario Veiga Pereira, Diretor Fundador da PSR e coordenador do prêmio.
A proposta contemplada é da equipe HydroGenius, formada por membros do CPTEn: Francisca Dulcinéia Gomes (graduanda FEM), Jéssica Alice da Silva (pós-doutoranda FEEC), Juan Camilo López (pós-doutorando FEEC), Juan Carlos Cortez (doutorando FEEC), Lucas Zenichi Terada (doutorando FEEC) e Luiza Higino (doutoranda FEEC).
Problema Científico
No ano em que o aquecimento global provocou os registros mais graves dos últimos 150 anos, o Prêmio H2Ótimo desafiou os pesquisadores a encontrar respostas para problemas atuais do setor energético. Os 27 inscritos deveriam obter a maior renda possível em um projeto de produção de hidrogênio verde gerado a partir da eletrólise da água com energia produzida por fontes renováveis.
O interesse pelo hidrogênio de baixo carbono cresceu significativamente nos últimos anos, sobretudo nos setores de difícil redução das emissões, como a siderurgia e a petroquímica. Seu custo de produção pode variar de acordo com o modelo de fornecimento de energia. A grande motivação do Prêmio H2Ótimo foi definir combinações para otimizar a produção e maximizar a competitividade do hidrogênio brasileiro, explica Rafael Kelman, diretor executivo da PSR.
Para Luiza Higino, integrante da HydroGenius e do CPTEn, há uma demanda pelo desenvolvimento da produção de hidrogênio no país: “Estamos em um período de transição energética, de diminuir o uso de combustíveis fósseis, e a produção de hidrogênio hoje não é feita a partir de eletrólise, usando energias renováveis em sua maior parte. Então a ideia é que isso seja desenvolvido e que haja incentivo”. É o caso da energia solar, complementa, que anos atrás era menos acessível, mas, com o desenvolvimento de novas tecnologias, encontrou outra perspectiva na atualidade.
A solução apresentada pela equipe vencedora foi desenvolvida em aproximadamente um mês desde o início da programação do modelo matemático até a apresentação final. Dentre as estratégias desenvolvidas, a equipe destaca a necessidade da redução de cenários na análise comparativa da distribuição de recursos energéticos e a programação em duas linguagens, AMPL e Python, assim feita para mitigar possíveis erros humanos na escrita do código.
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Texto: Julia Devito (bolsista de Jornalismo Científico do CPTEn)
Imagens: reprodução Equipe HydroGenius / IdEA Unicamp